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ALINA DIACONÚ
( Argentina )
Alina Diaconú nasceu em Bucareste, Romênia , em 1945 e aos 14 anos -em 1959- se exilou com seus pais em Buenos Aires , onde obteve a cidadania argentina. Este exílio ocorreu como consequência da crítica de seu pai ao stalinismo em um jornal de arte. Entre 1968 e 1970 viveu em Paris , França. Outra de suas atividades foi ser colunista da revista Cultura e colaboradora dos principais jornais do país como: Clarín, La Nación , La Prensa e La Gaceta. Ela recebeu inúmeros prêmios, entre os quais a bolsa Fulbright da Universidade de Iowa que a trouxe para morar nos Estados Unidos em 1985, e o prêmio de 1994 da Academia Romena Americana de Artes e Ciências nos Estados Unidos. Alina se define como uma "comedora de livros":
Sou e serei um devorador de todos os tipos de livros: de biografias a poesias, de ensaios a aforismos, de livros de filosofia oriental a livros de autoajuda. Nesse ponto, acho que não existem regras para escrever bem, mas para aprimorar o que já está trazido como legado, sustentando uma boa ideia, algo interessante para compartilhar.
Seu segundo romance, Boa noite, professor, apareceu em 1979 e foi censurado pela ditadura militar. Seu romance A penúltima viagem trata da questão política da repressão na Europa Oriental, do comunismo e sua queda.
Vários de seus livros foram traduzidos no exterior e entre seus textos constam em antologias argentinas e estrangeiras, algumas de suas obras também foram objeto de teses de doutorado nos Estados Unidos. Em 1993 surgiu um livro de críticas sobre sua narrativa intitulado Utopias, olhos azuis e bocas suicidas: a narrativa de Alina Diaconú, compilado por Ester Gimbernat González e Cynthia Tompkins.
Biografia: https://es.wikipedia.org/wiki/Alina_Diacon%C3%BA
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
BARATARIA Revista de Poesia. Ano 9 Número 21. Director Mario Sampaolesi. Buenos Aires: Fondo Cultura Cultura BA, Junio 2008. ISSN 1668-1460 Ex. bibl. de Antonio Miranda
A propósito de Praga
Llamenme Praga
y llegaré
con la niebla
en pedazos
por torcidas calles
empedradas.
Vendré montada
en un león de piedra
alado y principesco
hasta las puertas
de la ciudad-castillo
en lo bello y lo alto.
Y cruzaré
el puente Carlos,
contando estatuas
con el Moldava
a los pies de
mis delirios, apiñados
en el bohemio cielo
que encerró el Golem
en un cuarto
y al rabí Loeuw
en una tumba
que K. habrá rozado.
Llamenme Praga
y seré un destino
y un enigma,
un relámpago
en la nostalgia.
Señales
Desde Venus, la luz
de los palacios.
Desde Lemuria,
Serapis Bey.
Desde Shambala,
caminos
de cristal.
Desde siempre,
un corazón
intachable
en la rueda
de los Tiempos,
sin comienzo
sin fin.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
A propósito de Praga
Chamem-me Praga
e chegarei
com a névoa
em pedaços
por retorcidas ruas
empedradas.
Virei montada
em um leão de pedra
alado e principesco
até as portas
da cidade-castelo
no belo e o alto.
E cruzarei
a ponte Carlos,
contando estátuas
com o Moldava
aos pés de
meus delírios, lotados
no boêmio céu
que encerrou o Golem
em um quarto
e ao rabino Loeuw
em um túmulo
que K. terá esfregado.
Chamem-me Praga
e serei um destino
e um enigma,
um relâmpago
na nostalgia.
Sinais
Desde Vênus, a luz
dos palácios.
Desde Lemuria,
Serapis Bey.
Desde Shambala,
caminhos
de cristal.
Desde sempre,
um coração
intocável
na roda
dos Tempos,
sem começo
sem fim.
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Página publicada em março de 2023
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